Ciência
ONG cria foguete para passeio espacial
Paula Rothman, de INFO OnlineTerça-feira, 24 de agosto de 2010 - 12h09Divulgação |
Um boneco faz as vezes de tripulante no HEAT |
SÃO PAULO - Uma organização não governamental da Dinamarca está prestes a testar seu primeiro foguete feito para levar um – e apenas um - homem ao espaço.
A Copenhagen Suborbitals, chefiada por Kristian von Bengtson e Peter Madsen, afirma que “a missão tem fins 100% pacíficos, e não está, de forma alguma, envolvida no transporte de explosivos ou carregamentos nucleares, biológicos ou químicos”.
A ideia é compartilhar as informações técnicas adquiridas com os experimentos de forma mais aberta o possível.
Por enquanto, a tecnologia desenvolvida permite que o passeio espacial, dentro da cápsula, dure apenas alguns minutos- mas, no futuro, os planos são de ampliar o uso.
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Desde 2004, dois modelos de foguetes estão sendo desenvolvidos: um pequeno e não tripulado chamado Hybrid Atmospheric Test Vehicle, ou HATV; e um maior, o Hybrid Exo Atmospheric Transporter, ou HEAT, feito para levar uma pequena nave ao espaço.
O HATV já passou pro testes em 2009 e, agora, é a vez do HEAT ser lançado de um submarino no mar Báltico. Se bem sucedida, a missão, marcada para 30 de agosto, deve levar a um segundo teste – desta vez com um passageiro.
A ideia é ultrapassar os 100 km de altitude, chegando ao espaço e depois reentrar na atmosfera.
O foguete HEAT tem cerca de 9 metros de altura e usa oxigênio líquido como combustível; seu sistema de propulsão já foi aprovado em um primeiro teste em fevereiro deste ano. Após 60 segundos de lançamento, e antes de atingir a gravidade zero, o sistema de impulsão será ejetado e a cápsula será desacelerada durante a queda com um sistema quádruplo de paraquedas – abertos somente depois que a nave reentrar na atmosfera.
Por se tratar de uma ONG, a Copenhagen Suborbitals tem sua verba inteiramente baseada em patrocinadores, doadores e voluntários. A empresa admite que seus foguetes trabalham com um sistema de controle “muito básico e que se baseia nas leis da aerodinâmica”. Isso quer dizer que o “piloto” de um próximo teste não teria muito controle da aeronave – ela subiria e desceria sem muitas possibilidades de manobras.
Por sorte, a ONGjá conta com um voluntário: o próprio Madsen deseja embarcar na nave com espaço para apenas uma pessoa e testar funcionalidade.
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