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Itair Linchim

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Google TV ?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Seção: Em Debate
05/07/2010


Em Debate:

O Google vai invadir sua TV!
Consultor


We are reaching a perfect storm of converging trends where computers are behaving more like mobile devices, and phones are behaving more like small computers", Sundar Pichai, Google's VP of Product Management

No bom sentido é claro. Em outubro de 2009 publicamos a seguinte matéria aqui no Teleco: Televisão do Brasil ... Você
quer continuar “olhando pro seu umbigo” ou “dar um tiro no seu pé”?. Passaram-se quase dois anos e, nada mudou no cenário brasileiro de TV apesar da Banda Larga (BL) ter aumentado muito a sua penetração nas residências no mundo (com o 4G LTE quase batendo à “nossa porta”) e a tecnologia de entretenimento ter tido uma boa evolução (p. ex., a transmissão de TV em 3D já virou uma realidade agora na Copa do Mundo de 2010 da África do Sul).

Para piorar a situação do audiovisual no Brasil, o pessoal de TV por aqui acredita que a “colcha de retalho” chamada
Projeto PL 29 é a sua “Tábua de Salvação”. Uma pergunta que não quer calar: “O que acontece quando alguém naufraga em alto mar e resolve utilizar uma bóia furada?” A resposta é óbvia, não é meu caro Watson?

Nos EUA, durante anos, os programadores e distribuidores de TV convencional e de TV a cabo têm falado em vídeo na Web como se este não ameaçasse seus negócios, tipicamente argumentando que ele era complementar (ver Hulu and

As estatísticas pareciam indicar que de fato este era o caso – a quantidade de tempo que as pessoas gastavam para assistir televisão continua a aumentar enquanto o vídeo na Web permanecia marcadamente como apenas uma atividade de distração durante o dia.

Mas começaram a aparecer os primeiros sinais de que o vídeo na Web pode estar deslocando a audiência da TV tradicional pela primeira vez (ver Report: One Quarter of Online Videos Are Viewed in Primetime, NewTeeVee, 23.apr.2010). Uma reportagem recente (ver Web Series Tap Prime Time, The Wall Street Journal, 09.jun.2010) destaca na mudança do perfil do consumidor, mostrando que os distribuidores de vídeo estão percebendo que os seus produtos estão aumentando a audiência no mesmo período que os shows mais quentes dos programadores de TV tradicionais.

De acordo com o Wall Street, em apenas um ano as horas de pico de audiência dos shows distribuídos pelo site Blip.tv  têm deslocado-se do horário nobre noturno de 20-23 horas para o horário de 12-15 horas. Enquanto isso, o analista de indústria Nielsen constatou que o número de telespectadores que assistiram vídeo online durante o horário nobre aumentou 14% para 62,4 milhões durante o último ano.

Um executivo da empresa Revision3 – um rede de televisão baseada na internet – disse ao Wall Street Journal que 40% da sua programação é assistida através de dispositivos que são conectados ao aparelho de TV, o que significa que os usuários estão assistindo vídeos na Web, ao invés de estarem assistindo a programação da TV convencional ou da TV a cabo.

É este filão de oportunidade de entretenimento que o gigante Google está descobrindo no negócio de TV. Em maio de 2010, o Google anunciou que vai estrear no segmento de TV juntamente com os parceiros Sony, Logitech e Intel entre outros (ver Google TV: everything you ever wanted to know, Engadget, 21.may.2010).

Alguns analistas expressaram surpresa com o interesse do Google pelo nicho de TV!  Por que uma empresa sólida (e bastante lucrativa) com o faturamento anual de 27 BUS$ como o Google está querendo entrar na sua “sala de estar”? Por que o negócio de TV movimenta muito dinheiro. Anualmente, a TV movimenta 70 BUS$ em publicidade e uma quantidade igual em taxas de cabo e satélite, e mais 25 BUS$ em vendas de eletrônica de consumo. Além disto, os telespectadores gastam 4,5 horas diárias em média vendo televisão.

O objetivo do Google é entrar nesse mercado, eventualmente apropriando-se de um naco saudável de bilhões em publicidade que flui para e através da TV hoje em dia com uma sofrível ineficiência.

Ok, isto posto dessa forma concordamos que TV é um grande negócio! Mas por que isto agora com o Google terá um sabor diferente? Vários players já não tentaram isto antes? Esta é uma das razões pela qual o brilhante Steve Jobs acredita que o movimento do Google TV não dará certo (ver D8 Video: Steve Jobs on Why Apple TV Is a Hobby, All Things Digital, 01.jun.2010).

Pode ser que seja difícil! É correto que vários players já tentaram antes, mas Google TV não está fazendo da mesma forma que outros players como RokuVUDUBoxee, ou até mesmo Apple TV (ver Top Ten Alternatives to Cable, Business Week e The New Mac Mini — the Next Apple TV?, Giga OM, 15.jun.2010).

O Google TV tem uma proposta diferente! Ela é mais ambiciosa e mais ambiciosa e, mais provável de ter sucesso. Hoje em dia o cenário é bastante diferente. Com a penetração da banda larga em 2/3 das residências nos EUA – e uma penetração maior de banda larga em muitos mercados da Europa e Ásia – e com as redes residenciais em mais de 1/3 das residências americanas, a camada básica da concetividade de alta velocidade para e das residências pode suportar, com certeza,  as ambições do Google.

Adicionalmente, existe bastante conteúdo online entre YouTubeHulu and Netflix, para valer a pena perturbar a conexão de TV (que, por baixo, é por que 10 milhões de residências nos EUA conectam seus PCs para as TVs para assistir aquele conteúdo atualmente, de forma que o Google está querendo alguns milhões que já utilizam esta conexão).
  1. Mas a mera combinação de conteúdo e tecnologia não é o bastante para fazer esse negócio do Google funcionar. Tem que existir um caminho para o mercado que permita ter sucesso e a lista dos parceiros do Google é que faz a diferença. Os parceiros do Google na oferta do Google TV são:
  2. Sony: planeja fornecer TVs de Internet Bravia e dispositivos de reprodução Blu-ray para executar a plataforma;
  3. Logitech: está construindo uma “Companion Box” para o Google TV que controla o rack inteiro de áudio e vídeo utilizando a tecnologia Harmony, e o telefone Android ou iPhone como dispositivo remoto;
  4. Adobe: obviamente desenvolvendo o Flash 10.1 para a plataforma (ver Adobe Launches Flash 10.1, Dailywireless, 22.jun.2010);
  5. Intel: fazendo o chip Atom CE4100 para ser utilizado em todos os dispositivos do Google TV;
  6. Best Buy: famoso varejista nos EUA para comercializar os dispositivos nas suas lojas para estimular uma grande alavancagem de massa da oferta de TV do Google.

Além destas parcerias, o Google TV ainda tem a Dish Networks.

Um ponto de destaque nessa parceria é a presença da Sony. A Sony tem vendido TVs conectadas há mais tempo que qualquer outro fabricante de TV. Ela é obsessiva com pesqueisa & desenvolvimento (R&D) e suas TVs conectadas são relativamente mais robustas quando comparadas à dos outros fabricantes que utilizam uma eletrônica de silício mais barata e tem uma interface de usuário menos elegante.

O foco (e o investimento) da Sony neste empreendimento pode ser a “bala” para fazer a diferença na captura de milhões de residências no final de 2011. Espera-se no mercado, que o envolvimento da Sony no empreendimento provoque para que todos os outros parceiros acelerem seus próprios esforços.

Os outros fabricantes de TV devem ter também interesse em assinar a mesma parceria com o Google. As empresas de cabo devem acelerar as suas soluções everywhere para assegurar que elas não serão colocadas de lado desta nova oportunidade de  mercado. Espera-se que até a própria Apple – que no primeiro momento desdenhou da oferta do Google – terá que responder.

É crítica a diferença que faz do Google TV uma oferta única comparativamente às tentativas anteriores de “Webtizar” a TV. E é a diferença que importará na escala, devido aos fabricantes de TV que suportará a iniciativa do Google. E é a diferença que importará aos desenvolvedores, que vão ter interesse de apelar a milhões de consumidores através de uma interface persistente, e não uma caixa qualquer na “sala de estar”. Isto é por que o Google TV é maior do que você pensa e ocupará mais a sua atenção e o seu tempo mais do que você pensa.

O recente movimento do Google na área de TV já está provocando movimentos dos concorrentes: o Hulu começou a descobrir que os tablets e os games eletrônicos podem ser uma grande oportunidade para programações de entretenimento: Hulu Plus Coming to iPad, Xbox & Playstation Next Week?, Giga OM, 25.jun.2010.

Referências:

Google TV: How Deep?, Dailywireless, 11.jun.2010
Why it's prime time for Apple TV, CNN News, 04.jun.2010
Ballmer Takes Control of Mobile, Dailywireless, 04.jun.2010
Visual Networking Index, Cisco, 02.jun.2010
Is Google TV WebTV Part Deux?, NewTeeVee, 01.jun.2010
Google TV and Android 2.2, Dailywireless, 20.may.2010
Google News Bites, Dailywireless, 17.may.2010
Google TV Box, Dailywireless, 18.mar.2010
Google and Partners Seek TV Foothold, The New York Times, 17.mar.2010
Google TV Set-Top Box is Coming, Gizmodo, 17.mar.2010


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CONVERSÃO DE CO2

terça-feira, 12 de outubro de 2010


Nova tecnologia promete conversão

fácil de CO2 em combustível

Combustíveis fósseis



Desenho conceptual do novo sistema de conversão de CO2 em combustível
Um novo processo catalítico consegue gerar as reacções químicas necessárias para transformar o dióxido de carbono em combustível líquido de uma forma escalável e economicamente viável. Será também uma forma inovadora de reduzir as emissões de CO2.

A empresa responsável pelo seu desenvolvimento, a Carbon Sciences Inc., desenvolveu um sistema que utiliza moléculas orgânicas em vez dos habituais zinco ou ouro e afirmou a compatibilidade da sua tecnologia com a produção de gasolina em refinarias petrolíferas já existentes.
Segundo o presidente da Carbon Sciences, Derek McLeish, a tecnologia de conversão de CO2 utilizada pela sua empresa está perfeitamente adaptada às actuais infraestruturas de produção e de distribuição de combustíveis sem a necessidade de quaisquer conversões, podendo ser facilmente reproduzida em grande escala.
O petróleo em bruto é formado por uma mistura complexa de estruturas moleculares que através de processos térmicos sucessivos vai sendo transformada em diferentes produtos – gasolina, gasóleo, combustível de avião, diluentes, ceras, etc.
Estes derivados do petróleo são constituídos por longas cadeias de átomos de hidrogénio e de carbono. Podem ser também produzidos a partir de dióxido de carbono, um dos elementos mais abundantes na atmosfera e um conhecido gás poluente, por catálise.
A transformação de CO2 em combustíveis não é, contudo, novidade. Uma das versões mais antigas deste processo foi inventada na Alemanha durante os anos 20. Outras abordagens deste tipo incluem a combinação do dióxido de carbono com o hidrogénio para produzir gás metano ou então a sua desagregação através da exposição a uma luz intensa. Mas nestes processos são são consumidas grandes quantidades de energia para gerar temperaturas e pressões capazes de superar o elevado nível de estabilidade do carbono.
Segundo a empresa, as moléculas desenvolvidas pela Carbon Sciences são recicláveis e possuem reduzidos custos de produção, permitindo igualmente que a catálise ocorra as baixas temperaturas e pressões, e precisando por isso de muito menos energia do que outras abordagens. O processo consiste numa série de passos que vão progressivamente agregando as partículas de hidrocarbonetos mais simples em elementos mais complexos, criando assim uma variedade de produtos com diferentes fins. Ver igualmente Conversão de CO2 em matérias-primas e CO2 capturado em blocos de betão.
Fonte

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Cientistas estudam conversão de CO2 em combustível

Cientistas estudam conversão de CO2 em combustível

O dióxido carbono é um dos principais responsáveis pelas alterações climáticas que se vivem actualmente, pelo que a hipótese de converter este gás num combustível útil através do recurso ao sol tem sido alvo de estudo por parte de químicos de todo o Mundo.

Caso esta tarefa seja exequível será possível passar a reciclar os gases que causam efeito de estufa e que são emitidos pela queima de combustíveis fósseis. Este trabalho também poderá criar novas técnicas para que futuras emissões a Marte gerem combustível para a sua jornada de retorno a partir do dióxido de carbono da atmosfera do planeta.

Comunidades de químicos têm procurado descobrir um método para tornar realidade a combustão de ciclo completo, transformando o CO2 de volta em hidrocarbonos úteis. Actualmente, investigadores da Universidade de Messina, Itália, desenvolveram uma técnica de eletrocatálise que, segundo eles, pode ser capaz de realizar a tarefa, uma vez que a conversão de CO2 em combustível se pode tornar uma possibilidade efectiva dentro em breve, basta realizar pesquisas adicionais.

Até ao momento, os cientistas reduziram quimicamente o CO2 para produzir hidrocarbonos com oito ou nove átomos de carbono utilizando um catalisador de partículas de platina e paládio confinadas em nanotubos de carbono. Esses hidrocarbonos podem ser transformados em gasolina e óleo diesel.

Para o efeito, os investigadores utilizaram luz do sol mais uma finíssima película de dióxido de titânio para funcionar como fotocatalisador de forma a dividir moléculas de água em oxigênio, mais protões e electrões. Estes foram conduzidos separadamente, por meio de uma membrana de protões e de fios, respectivamente, antes de serem combinados com CO2, mais o nanocatalisador para produzir os hidrocarbonos.

Embora o nanocatalisador produza duas ou três vezes mais hidrocarbonos do que um catalisador comercialmente viável, o processo converte apenas um por cento do CO2 a temperatura ambiente.

Cientistas acreditam que será possível melhorá-lo utilizando temperaturas mais elevadas e uma maior área superfical do catalisador. Também será necessário incrementar a eficiência da separação da água por energia solar.

Com a pesquisa correta, os investigadores acreditam que um reator eficiente alimentado por energia solar para converter CO2 em combustível poderá estar disponível dentro de uma década.
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DESCOBERTA DO GRAFENO

quarta-feira, 6 de outubro de 2010






MICROFOTOGRAFIA DA ESTRUTURA DO GRAFENO -  Argonne National Laboratory




Cientistas que descobriram o grafeno vencem Nobel de Física
05 de outubro de 2010  10h33
A.   Notícia
ESTOCOLMO, 5 Out 2010 (AFP) -O Prêmio Nobel de Física de 2010 foi atribuído nesta terça-feira a dois cientistas de origem russa, o holandês Andre Geim e o russo-britânico Konstantin Novoselov, que com um pedaço de fita adesiva e um lápis comum e corrente descobriram o grafeno, uma forma revolucionária do grafite, que promete transformar a eletrônica.
A partir de um elemento tão comum como o grafite, encontrado nos lápis, Geim e Novoselov isolaram o grafeno, um novo material que "supera consideravelmente em rapidez os transistores clássicos de silício, o que permitirá fabricar computadores mais eficazes", explica o Comitê Nobel da Academia de Ciências da Suécia.
"Como é praticamente transparente e bom condutor, o grafeno é compatível para produzir telas táteis (touch screens), painéis luminosos e talvez também captores de energia solar", destaca o comunicado.
O grafeno é uma forma de carbono, que é o melhor condutor de calor conhecido até o momento.
Novoselov, 36 anos, e Geim, 51, nasceram na então União Soviética e são professores na Universidade de Manchester, Grã-Bretanha. O primeiro tem passaporte britânico e o segundo cidadania holandesa.
Sob o impacto da notícia, Novoselov, um dos mais jovens vencedores da história do Nobel, ainda não comentou a notícia.
Geim declarou a um canal de televisão sueca que a notícia do prêmio não vai alterar seu dia a dia.
"Vou para o trabalho. Meus planos não mudaram", declarou o físico.
Em um artigo publicado em 2004, Geim e Novoselov anunciaram a descoberta de um novo material bidimensional, reduzido à espessura de um átomo, composto por uma lâmina única de grafite com uma estrutura de colmeia.
Ao contrário de outros materiais bidimensionais conhecidos até o momento, o grafeno apresenta propriedades físicas que o tornam muito resistente, embora flexível, e um excelente condutor.
Um dos aspectos mais destacados da descoberta é a simplicidade e empirismo.
Com uma fita adesiva normal, conseguiram obter uma pequena lâmina de carbono com a espessura de um átomo", destacou o comitê.
Muitos cientistas consideram que o grafeno terá um grande papel fundamental na eletrônica.
"Combinado com plásticos, o grafeno pode transformá-los em condutores de eletricidade e, ao mesmo tempo, torná-los mais resistentes ao calor e mais robustos mecanicamente", completa o comunicado da Academia.
Geim e Novoselov são os cientistas de número 187 e 188 a receber o Prêmio Nobel de Física desde sua criação.
Etapa revolucionária na miniaturização eletrônica, o grafeno pode ser utilizado também por suas propriedades mecânicas, já que, apesar da espessura extremamente fina, é muito resistente, 200 vezes mais que o aço.
O principal obstáculo para a utilização industrial do grafeno é o altíssimo custo de produção.
A Universidade de Manchester parabenizou seus acadêmicos pela premiação. O grafeno foi descoberto no centro de ensino em 2004.
"É uma notícia fantástica. Estamos muito felizes de que o trabalho de Andre e Konstantin sobre o grafeno tenha sido reconhecido no mais alto nível pelo Comitê do Prêmio Nobel 2010", declarou a reitora da Universidade de Manchester, Nancy Rothwell.
"Este é um magnífico exemplo de uma descoberta fundamental baseada na curiosidade científica, com importantes benefícios práticos, sociais e econômicos para a sociedade", completou.
A Universidade de Manchester tem agora quatro vencedores do Prêmio Nobel.
fc/fp/ap

Materiais Avançados
Nobel de Física vai para estudos com o grafeno
Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/10/2010

Konstantin Novoselov tem 36 anos de idade e Andre Geim tem 51. Ambos nasceram na Rússia e trabalham no Reino Unido. [Imagem: Univ.Manchester]

Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos da Universidade de Manchester, no Reino Unido, vão dividir o Prêmio Nobel de Física de 2010 pelos seus trabalhos com o grafeno.
A premiação, de certa forma inesperada - o grafeno foi descoberto por eles em 2004 - mostra o reconhecimento do potencial desse novo material, que possui uma infinidade de usos possíveis, da eletrônica aosequenciamento de DNA.
Konstantin Novoselov nasceu em 1974 em Nizhny Tagil, na Rússia. Ele foi aluno de doutorado de Andre Geim quando os dois moravam na Holanda.
Andre Geim nasceu em 1958, em Sochi, também na Rússia. Atualmente os dois trabalham na Universidade de Manchester.
Feeling
O Site Inovação Tecnológica acompanhou todo o trabalho dos professores Geim e Novoselov, mostrando a emergência do grafenocomo um material promissor desde o primeiro anúncio de sua descoberta, que agora foi premiada com o Nobel de Física.
Veja as notícias que veiculamos relatando diretamente o trabalho dos dois cientistas agora premiados com o Nobel:
Em pouco mais de seis anos de vida, o grafeno esteve em nossas manchetes 18 vezes e foi assunto em 49 reportagens.
Material revolucionário
O grafeno é uma estrutura plana composta unicamente por átomos de carbono. A melhor analogia para explicar sua aparência é a tradicional tela de galinheiro, onde cada "nó" da tela é um átomo de carbono.
Apesar de o carbono ser o mesmo material do carvão e do grafite dos lápis, na espessura atômica ele é transparente, o que está permitindo seu uso para telas e monitores inovadores.
Ele é um excelente condutor elétrico e térmico e é altamente estável - O silício, o material com que são feitos os atuais transistores, oxida, se degrada e se torna instável quando é reduzido a dimensões 10 vezes maiores.
Para acompanhar o impacto que o novo material está tendo sobre a ciência e a tecnologia veja nossa seção de notícias sobre o Grafeno.boratório Nacional Argonne não Flickr | Licença Creative Commons 2,0 GenéricaMMMMMMM

Eletrônica
Transistor mais fino do mundo é feito com folha de grafeno
Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/03/2007

A equipe do Dr. Andre Geim, da Universidade de Manchester, Inglaterra, tem estado na fronteira do conhecimento há vários anos quando o assunto são materiais ultra-finos. Foi o seu grupo que primeiro isolou grandes segmentos de grafeno - as folhas de carbono mais finas que se pode produzir, com apenas um átomo de espessura (veja12 e 3).
Agora, o Dr. Geim e seu colega russo Kostya Novoselov utilizaram o grafeno para construir o mais fino transístor já fabricado, um avanço que aponta para mais uma alternativa tecnológica quando se atingirem os limites da miniaturização da eletrônica atual.
Grafeno
O grafeno é uma estrutura plana composta unicamente por átomos de carbono. A melhor analogia para explicar sua aparência é a tradicional tela de galinheiro. Os cientistas descobriram que pequenas fatias desse material possuem propriedades muito interessantes e que poderão ser exploradas intensamente no futuro.
O que é mais interessante nessas fitas de grafeno de apenas um átomo de espessura é que elas são estáveis mesmo quando possuem apenas alguns nanômetros de largura. O silício, o material com que são feitos os atuais transistores, oxida, se degrada e se torna instável quando é reduzido a dimensões 10 vezes maiores.
Transístor ultra-fino
Quando relataram a descoberta do grafeno, em 2004, os cientistas conseguiram utilizar o material para construir um transístor. Mas era um componente com sérios problemas de "vazamento" de corrente - eles não podiam ser desligados.
A solução foi cortar o grafeno em pequenas fatias que, para surpresa dos pesquisadores, mostraram-se incrivelmente estáveis.
"Nós fizemos fitas de apenas alguns nanômetros de largura, e não podemos descartar a possibilidade de estreitar o grafeno ainda mais - talvez até a um único anel de carbono," diz o professor Geim.
A pesquisa sugere que os circuitos eletrônicos do futuro possam ser criados a partir de uma única folha de grafeno. Esses circuitos poderiam incluir pontos quânticos, barreiras semitransparentes para controlar o movimento de elétrons individuais, interconexões e portas lógicas - tudo feito inteiramente de grafeno.
"Hoje nenhuma tecnologia consegue cortar elementos individuais com precisão nanométrica. Nós temos que contar com a sorte para estreitar nossas fitas para poucos nanômetros de largura," diz Leonid Ponomarenko, outro pesquisador do grupo.
Eletrônica de carbono
A vida como a que conhecemos, inclusive a nossa, é inteiramente baseada no carbono. Com o advento da eletrônica, deparamo-nos com uma nova tecnologia que ganha cada vez mais em "inteligência", mas que é baseada em outro elemento, o silício. O silício está para os chips assim como o carbono está para o ser humano.
Por analogia, sempre que os cientistas utilizam carbono em seus experimentos, os dispositivos resultantes são chamados de "orgânicos". LEDs e células solares orgânicas, certamente os componentes mais promissores desse tipo já construídos, nada mais são do que LEDs e células solares que têm carbono em sua estrutura, desempenhando um papel ativo.
Agora, a descoberta do transístor de grafeno - que é carbono puro - pode apontar no sentido da reunião desse dois "reinos": vida e inteligência artificial, tudo feito igualmente de carbono.
As implicações filosóficas e até poéticas são óbvias. Mas o caminho não é curto e nem simples. A pesquisa está apenas nos seus primeiros passos. Não é mais fácil construir transistores de poucos átomos de carbono do que é fazer a mesma coisa com poucos átomos de silício.
De qualquer forma, quando tivermos a tecnologia que nos permita cortar com precisão fatias de grafeno com poucos átomos de largura, já teremos um material para continuar fazendo avançar a microeletrônica, mesmo depois que o silício tiver ficado na história.
Bibliografia:

The rise of graphene
Andre K. Geim, Kostya S. Novoselov
Nature Materials
March 2007
Vol.: Vol. 6, 183 - 191 (2007)
DOI: 10.1038/nmat1849
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